Pax Coa

Éramos muitos nessa altura em que vinham a casa com a cruz para beijarmos.
As flores á entrada da casa serviam de convite para que a salvação chagasse a todos.Lá dentro a correria era sempre grande, para que não faltasse nada nem niguém.O pão de ló, as amêndoas e como não podia deixar de ser o vinho do porto.
O tocar dos sinos dava a ideia de distância a que os senhores vestidos de roxo poderiam estar. O momento era sempre de revestido por uma grande solenidade.
Quando os senhores da cruz chegavam, os primos estavam na linha da frente alinhados e bem aprumados, atrás ficavam os mais velhos.Do grupo dos primos eu queria sempre ficar para último.
Até que sinto uma mão na minha cabeça que me força para beijar a dita cruz.Então fechei os olhos, e sem respirar fiz o que todos fizeram invadido por um nojo imenso.
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