CONfessions at TELEphone # 2


Cara Amiga,
descarreguei há uns meses da Internet grelame do mais fino recorte.
Quando pensava que sabia alguma coisa sobre sexo, eis que me cai esta pérola no lençol: mulher resolvida, sem preconceitos de qualquer espécie e tesuda como só ela.
Cedo encontrámos os nossos passos e a dança fluiu ao melhor ritmo.
Entre outras iguarias presenteou-me (e a ela por que o faz com muito gosto) com o melhor fellatio que um homem pode desejar. Uma técnica aparentemente simples mas totalmente revolucionária que não posso revelar já que a convenci a registar a patente.
Ora, estava eu ontem esparramado de perna aberta a receber tamanho regalo, entre uns ais, uns uis e um sorriso de orelha a orelha, quando vejo esta Deusa a passar as guaritas do tin e do tim.
Linguinha em riste, percorreu-me a zona lateral das pernas e o fim do bochechal para aterrar no meu buraco negro e ali ficar qual astro física em busca do Big Bang.
E encontrou-o.
Uma vez ultrapassado o desconforto inicial da humidade relativa neste espaço virgem e instado que fui a tocar e preparar o lançamento da minha Apollo 13, acabei por alegremente explodir. E que Big que foi o Bang, estimada princesa.
Jogando noutro campeonato desconhecia por completo a existência de tal buraco no contexto lúdico-recreativo, por isso, lhe pergunto: acha que passei para a divisão de honra?

Estimado Súbdito,
que bela questão nos coloca. Da mesma forma que me parece que o meu caro teve a sorte de esbarrar com essa deusa electrónica, parece-me que à sua Afrodite também lhe saíu a sorte grande. E porquê? Porque não há nada que dê mais tesão do que um macho que se deixa percorrer sem que a sua condição de macho seja colocada em causa. Aliás, só uma masculinidade bem resolvida permite uma exploração da sexualidade individual e conjunta com a simplicidade que aqui me coloca.
E para os que aí virão de credo na boca e mão em riste pronta a socar esta argumentação, poupem-se. Neste palácio não entram traças nem o verdete do bolor. A novidade aceita-se e deseja-se. O desejo não tem género, preconceito ou identidade sexual. Só o corpo sabe aquilo que gosta. A cabeça só complica.
Como tal meu caro, e respondendo à sua questão, julgo que sim. Passou à divisão de honra com magna cum laude, distinção máxima dada apenas aos que sabem o que são e não se deixam intimidar com apriorismos e machismos de trazer por casa.

Obrigada por nos preferir.

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